quarta-feira, 28 de julho de 2010

A vida numa mesa




Deus e o diabo estão jogando sinuca agora.
Dando risada. Bebendo cerveja.
Inclusive, deus fuma um cigarrinho.
Já o diabo não. Ele não fuma.
Nem bebe. Apenas guaraná.
Somente deus está se embriagando. Feito um gambá.
Eles jogam a sinuca mais inocente que se pode imaginar.
Mentira.
Jogam aquela sinuca de boteco, cheia de regras e malandragem.
E, no caso do diabo, guaraná.

As bolas do jogo, elas que mudam a ordem da sacanagem toda.
Elas são mundos. Os nossos mundos paralelos.
As vidas medíocres de cada um nessa Terra.
Todos fadados a morrer.
Ir para caçapa.
E não importa se você bata na quina diversas vezes.
Dribla obstáculos com efeitos impressionantes.
Você irá para caçapa.

Mundos paralelos se encontrando frequentemente.
Em choques bruscos.

Uma guerrinha de poder entre dois velhos conhecidos.
Apenas uma sinuca para aliviar toda a pressão da criação.
Dos poetas.

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