"A morte é a libertação total
a morte é quando a gente pode, afilnal
estar deitado de sapatos..."
Mario Quintana
Tá aí. Acho que o que difere um poeta de um normal
é que o poeta banaliza a vida, apesar de... bem, ela ser essencial para
este estar aqui
O normal, ele idolatra o poeta. Le seus versos loucamente, engule seeus dizeres sem ao menos fazer digestão.
Mesmo assim, o poeta idolatra o normal. Não por tudo este ritual de adoração do fã, mas sim pela sua capacidade de poder encostar a cabeça no travesseiro e não chorar.
Mas, se os dois se idolatram, como definir um e outro?
Tá aí.
sábado, 31 de julho de 2010
Espelho d'alma
Poesia
Sentimentos do mundo

Mundo rebelde,
Gira, Gira
Pois tenho o amor
Que nunca sentira
Voltas e mais voltas
Porém sempre no mesmo lugar
Leva toda minha angústia, mundo
Não aguento mais chorar
Guarda lágrimas
Deste povo infeliz, do sofrimento
Ingrato, mesmo assim
Não tem sentimentos
O mundo é mulher
A natureza
Já, a razão...
é certeza
Receita do Apaixonado
Confesso que estou
Meio louco
Perdido meio
Um tanto diferente...
Está bem, amigo, estou
Inquestionável apaixonado
Por inteiro
Coração em pedaços.
Meio louco
Perdido meio
Um tanto diferente...
Está bem, amigo, estou
Inquestionável apaixonado
Por inteiro
Coração em pedaços.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A vida numa mesa

Deus e o diabo estão jogando sinuca agora.
Dando risada. Bebendo cerveja.
Inclusive, deus fuma um cigarrinho.
Já o diabo não. Ele não fuma.
Nem bebe. Apenas guaraná.
Somente deus está se embriagando. Feito um gambá.
Eles jogam a sinuca mais inocente que se pode imaginar.
Mentira.
Jogam aquela sinuca de boteco, cheia de regras e malandragem.
E, no caso do diabo, guaraná.
As bolas do jogo, elas que mudam a ordem da sacanagem toda.
Elas são mundos. Os nossos mundos paralelos.
As vidas medíocres de cada um nessa Terra.
Todos fadados a morrer.
Ir para caçapa.
E não importa se você bata na quina diversas vezes.
Dribla obstáculos com efeitos impressionantes.
Você irá para caçapa.
Mundos paralelos se encontrando frequentemente.
Em choques bruscos.
Uma guerrinha de poder entre dois velhos conhecidos.
Apenas uma sinuca para aliviar toda a pressão da criação.
Dos poetas.
Ponto de reticência
eu sinto pena do ponto final

tão solitário, sozinho e rebelde.
simplesmente ponto final.
na verdade, acho que o ponto foi excluído
sim, ele tinha amigos...
as reticências.
Mas o ponto final é arrogante. Mostra conclusão, o fato, a verdade nua e crua e não se fala mais nisso.
Ponto final.
Ai de você questionar o ponto. Ah, ele é soberano, exato, inquestionável. Quase ditador.
Já as reticências são leves. Não mostram o objetivo, mas sim a reflexão... além das palavras
nos faz pensar e repensar nos dizeres, palavras e no próprio ponto final...
Deve-se ter cautela no do ponto e das reticências. São conflitantes. Brigaram, pois para pensar não podemos ser objetivos, inquestionáveis ou até mesmo arrogantes. Devemos ser...
Ser humano.
Poeta...
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